O QUE ACHAMOS DE :: Logan

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Antes de tudo, esse texto é livre de spoilers!

Nessa quinta feira, dia 2, chega aos cinemas o último filme onde Hugh Jackman assume o manto de Wolverine. Logan é dirigido por James Mangold e traz uma versão muita mais violenta e crua do personagem para as telonas.

Depois de dois filmes solos que não atenderam as expectativas, a sensação de assistir Logan é algo como um “Até que enfim!.” É frustrante saber que agora que finalmente acertaram a mão, a franquia fechará um ciclo.

A trama se passa no futuro, e começa apresentando uma versão diferente do personagem que estávamos acostumados a ver nos X-men. Cansado, ferido, fragmentado. O filme se chama Logan porque não há mais o herói Wolverine, só pedaços dele. O mundo não é mais o mesmo, os mutantes se foram, ao menos, era o que pensavam até que Laura aparece.

Hugh fecha seu papel com chave de ouro, dando um visão cansada, manca, de respiração pesada para o protagonista. Da pra sentir a dor de Logan, assim como também podemos sentir a fúria de Laura (Dafne Keen). A garota não deve em nada aos seus companheiros de cena, com poucas falas, ela encarna uma criança que se assemelha a animal enjaulado, e de repente é inserida a um novo mundo cujo ela não conhece direito. Da pra ver o quanto ela é parecida a essência do Wolverine, e como tem total potencial para continuar a jornada da X-23 daqui para frente. Esperamos que isso aconteça!

O longa também é cheio de cores quentes, usando muito uma paleta amarelada no início, e vai ganhando mais sutileza e vida ao decorrer da narrativa. Esse terceiro filme, na verdade, é sobre isso, sobre Logan reencontrar vida em si mesmo. Claro, que no meio do caminho há muita muita ação, mesclada com elementos de filmes de roadtrip, o que também revigora o gênero de super-herói, já vimos o bastante de batalhas grandiosas com feixes de luz no céu, é bom ver que os estúdios estão apostando também em histórias mais intimas. Logan acerta em ser mais contido, e por isso se torna ainda mais emocionante.

Algumas ressalvas, o filme podia poupar um pouco na exposição, não chega nem perto de ser cansativo, mas acredito que a origem de Laura tenha sido explicada no minimo umas três vezes, por mais que você tenha sim a obrigação de apresentar bem o seu enredo para um público não-fã, não há a necessidade de assumir que esse público não consegue ligar dois mais dois. E um desabafo pessoal, gostaria de ter ouvido Hurt do Johnny Cash durante o filme também e não só no trailer.

Concluindo: Logan é o filme que finalmente faz jus ao legado do personagem e de Hugh Jackman, cheio de ação, violência e senso de urgência. mas sem esquecer de desenvolver a relação entre seus personagens.

Nota:9 /10

Dica: Não precisa ficar esperando, dessa vez não tem cena pós créditos!

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